segunda-feira, 12 de julho de 2010

Pior que estar desempregado é arrumar um trampo

Eu descobri há algum tempo o porquê de mendigos viverem na rua, pelo menos a maioria. Isso até diminuiu o sentimento de dó que eu tenho por eles. Isso foi quando eu trabalhei por uma semana numa agência de publicidade. O primeiro dia foi uma maravilha, já estava planejando a tatuagem que faria com meu primeiro salário. Nos dias que se seguiram é que veio o dilema. Porque temos que trabalhar durante 9 horas seguidas, (somando-se mais uma hora de almoço, mais 3 de ida e volta para a porcaria do trabalho)? Detalhe, você até perde a vontade de consumir. Acho que se tivesse feito a tatuagem não teria a mesma empolgação que  antes.
Nessa mesma semana, me imaginei vivendo pelas ruas como mendiga. Bebendo Cantina do Vale, ou coisa pior, e também pensei se eu seria mais feliz. Lógico que não! teria a possibilidade de ser estuprada e viver com um blackpower piolhento permanente.
Continuei pensando em várias soluções para o desemprego, felicidade e produtividade. Se todas as empresas adotassem o modelo google p/ trabalhar, com certeza elas lucrariam mais, os empregados seriam mais felizes e não existiriam tantos mendigos na rua. Se trabalhássemos de 4 e no máximo 6 horas por dia, saberíamos o que é viver, e também teríamos mais criatividade e até saudades do nosso trampo. Tempo para a família, para atividades filantrópicas, e etc.
Mas isso está longe de acontecer...Enquanto isso estou feliz "desempregada", vivendo no estágio que adoro e dos meus freelas  de assuntos nojentos e diagramentos.