quarta-feira, 28 de julho de 2010

Quero ser cineasta

Sem dúvida é mais fácil fazer filmes no Brasil. Os cineastas marroquinos têm dificildades quanto a liberdade de expressão, conteúdo de imagens, aceitação do governo e de religião, etc. Lá, não existem editais de incentivo como aqui e em outros países, que abrem espaço para a atividade. Imagine a dificuldade se o cineasta for a cineasta. Falo de Dalila Ennadre, uma árabe que mudou a forma de se fazer cinema na região, e também a forma como a mulher é retratada (pelo menos tenta). Para entender mais veja essa entrevista: http://www.telabr.com.br/noticias/2010/07/26/matriarcas-da-revolucao/
Isso não quer dizer que no Brasil seja a piece of cake, pelo contrário. P/ conseguir que uma das leis de incentivo a cultura ajude no seu filme, você tem que fazer um roteiro nos moldes do programa, estar de acordo com os interesses do governo, ter parentesco com cinestas na família, ser amigo de Fernando Meirelles, ter contatos com atores globais, etc., etc., etc.  Não estou desmerecendo o trabalho do titio Fernando Meirelles, pelo contrário. O que quero dizer é que fica mais difícil conquistar uma vaga no cinema para quem não tem um bom roll de contatos, ou já ganhou algum prêmio em circuitos de curtas. É claro que em tudo nessa vida tem que ralar, mas é que a cada ano fica mais difícil. Estava maravilhada lendo uma reportagem na Piauí sobre Charly Braun, ele realmente merece ser reconhecido, é tipo um diário das atividades dele. Mas fiquei desapontada quando fui pesquisar sobre sua vida na internet. Ele é irmão de uma atriz famosa (da globo), o que com certeza abriu várias portas no mundo dos Q.I's, eu não faria diferente, mas como estou do outro lado vejo as dificuldades. Ele é diretor do curta Quero ser Jack White (muito bom por sinal). Vai lançar seu primeiro longa. Fico imaginando se vai chegar a minha vez ainda nesta vida, olha que quero apenas produzir...

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Pior que estar desempregado é arrumar um trampo

Eu descobri há algum tempo o porquê de mendigos viverem na rua, pelo menos a maioria. Isso até diminuiu o sentimento de dó que eu tenho por eles. Isso foi quando eu trabalhei por uma semana numa agência de publicidade. O primeiro dia foi uma maravilha, já estava planejando a tatuagem que faria com meu primeiro salário. Nos dias que se seguiram é que veio o dilema. Porque temos que trabalhar durante 9 horas seguidas, (somando-se mais uma hora de almoço, mais 3 de ida e volta para a porcaria do trabalho)? Detalhe, você até perde a vontade de consumir. Acho que se tivesse feito a tatuagem não teria a mesma empolgação que  antes.
Nessa mesma semana, me imaginei vivendo pelas ruas como mendiga. Bebendo Cantina do Vale, ou coisa pior, e também pensei se eu seria mais feliz. Lógico que não! teria a possibilidade de ser estuprada e viver com um blackpower piolhento permanente.
Continuei pensando em várias soluções para o desemprego, felicidade e produtividade. Se todas as empresas adotassem o modelo google p/ trabalhar, com certeza elas lucrariam mais, os empregados seriam mais felizes e não existiriam tantos mendigos na rua. Se trabalhássemos de 4 e no máximo 6 horas por dia, saberíamos o que é viver, e também teríamos mais criatividade e até saudades do nosso trampo. Tempo para a família, para atividades filantrópicas, e etc.
Mas isso está longe de acontecer...Enquanto isso estou feliz "desempregada", vivendo no estágio que adoro e dos meus freelas  de assuntos nojentos e diagramentos.