quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Texto para uma velha num sindicato

Os jornalistas, maioria, acham que escrevem bem p/ caramba. Criticam o gerúndio, os queismos, e corrigem você quando fala errado. Mesmo quando sabem que estão errados, ou com argumento furado, vão até o fim numa discussão, p/ não perder o espírito da briga.No final nem sabem o porque de tanta discussão. Parecem com os políticos. Vou falar uma coisa, eu acho que palavrão enriquece o texto, gosto de sotaques, de palavras inventadas (neologismos para os cultos) e até de estrangeirismos. Eu nunca vi profissional tão quadrado, gostam de restringir a criatividade. Depois de tudo quanto é proibição, falam p/ gente ousar e fazer diálogos, que "isso que é literatura". É foda...
Vou falar uma outra coisa, escutei uma senhora (digo senhora para manter o respeito, mas a verdade é que gostaria que ela fosse p casa do chapéu, porque ela é a coisa mais hipócrita que Deus criou) no sindicato dizer que acha lindo quando um texto tem palavras como jocoso, jactuoso sei lá que porra ela falou. Me diz uma coisa, qual é o peão que vai entender isso?
Essa mesma senhorinha perguntou um dia desses para um pedreiro se ele habla español. Me perguntou se eu iria   operar no dia da eleição, que deveria morrer mas ir votar e também fez acusações de roubo contra uma pessoa, acusou sem prova.
Digo mais, essa mesma senhora tem fotografias com Che Guevarra, diz ser socialista e também defensora dos trabalhadores. Ah minha senhora, vai tomar no cú!
Quer saber, a gente aprende a cada dia que passa e você não é a detentora de todo conhecimento. Eu falava asteristico sim e yourgut, e não me envergonha.
cansei de hipocrisia